domingo, 30 de março de 2014

Meu Assassino

Presa naquele quarto escuro, mais uma vez eu estava parada ao lado da velha navalha com a qual eu sempre me cortava.
 Eu sabia que nada mais iria mudar e minhas lágrimas  caiam incessantemente sobre meus pulsos e faziam a dor aumentar.
 Talvez um coração quebrado já não fosse mais o meu problema e toda aquela dor era apenas um motivo para eu ainda me manter viva, um tipo de esperança que fazia com que tudo parecesse ter sentido.
 Meus pensamentos me levaram a uma tarde feliz, uma das últimas que tive, antes quem me abandonasse... Lá estava eu, tão cegamente apaixonada que mal percebia que aquele que estava a minha frente fosse o meu assassino.
Não, ele não atirou em mim, não tentou me machucar fisicamente, mas me fez feliz e prometeu amor eterno...
 E agora eu estava ali, sozinha, esperando a morte me levar para que se completasse o meu destino de sofrimento, dor e morte!

(Aline Gabriela)

Nenhum comentário:

Postar um comentário